UM MÉTODO PERIGOSO


Baseado no livro “Um Método Muito Perigoso” de John Keer, David Cronenberg usa Jung e Freud e seus princípios da psiquiatria para construir o processo da culpa em Um Método Perigoso. Jung (Michael Fassbender) atrela os conflitos naturais do ser humano à espiritualidade e aspectos oníricos; Freud (Viggo Mortensen) atrela a sexualidade como princípio para qualquer fraqueza. Como elo personificado, está Sabina Spielrein (Keira Knightley), paciente de Jung e aspirante a psiquiatra.

Cronenberg cria uma teia conflituosa para os dois; Jung utiliza a metodologia de Freud, este que está cada vez mais imerso em seu ego. Preso à dialética, Um Método Perigoso garante sua força por se ater a pertinência histórica – exceto a dispensável briga de egos que no último ato torna-se ferramenta fundamental para conclusão.

Apesar do desenho de complexidade conflituosa, o longa é simples e ambivalente – transparecido na objetividade do elenco.  Com Um Método Perigoso, Cronenberg, intencionado a narrar um momento histórico  preso à técnica universal e hollywoodiana, evita tropeços,  mas em contrapartida aproxima-se do que é ordinário dentro das linguagens do gênero.
★★★
Um Método Perigoso (A Dangerous Method, Canadá/Alemanha, 2011) de David Cronenberg

2 comentários:

  1. Pensei que seria preciso adentrar o universo desses dois grandes da área de Humanas, mas que nada, a conversa deles me soou até banal demais, ou seja, para um leigo como eu.

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  2. Acredito que os melhores momentos do filme estão nas conversas estimulantes entre os dois, mas no geral é uma experiência um tanto sem sal… nota 3/5 mais do que justa.

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