GINGER & ROSA



Nascer durante a guerra. Amadurecer em meio ao caos. Posicionado como um filme sobre ideais no prólogo e desenvolvido como um conto de amor – em diversos aspectos nos minutos restantes, Ginger & Rosa vai além do raio-x de uma geração. Longe da superficialidade que os minutos iniciais sugerem através de uma amizade utópica e escada para um conflito maior posteriormente, a história das meninas que batizam o filme, vividas por Elle Fanning e Alice Englert, respectivamente, traça visões diferentes sobre palavras importantes para qualquer tipo de revolução, como “engajamento” e “compromisso”.

Na posição de transformar palavras-chave em representações, o filme dirigido por Sally Potter se sai muito bem. O senso de unidade é presente mesmo com personagens de filosofias tão distintas. O longa constrói um retrato digno das discrepâncias sociais pós-guerra e de jogos rasteiros a partir do conflito que política e assuntos passionais provocam.

Com nuances que justificam sua acessibilidade – e consequentemente a postura comercial, Ginger & Rosa tem momentos de mudança de ótica em favor do lado passional e das vendas de ingresso, mas o que floresce no filme de Potter é o paralelo entre a turbulenta fase de descobrimento e o momento de opressão vivida por boa parte dos países da Europa na época retratada.

 
Ginger & Rosa (Idem, Reino Unido, Dinamarca, Croácia, Canadá, 2012) de Sally Potter

4 comentários:

  1. Ginger e Rosa são amigas inseparáveis. Elas sonham com uma vida melhor que as de suas próprias mães, sempre presas à rotina doméstica, mas a crescente ameaça de uma guerra nuclear as amedronta. Não demora muito para que ambas entrem em conflito com as mães, ao mesmo tempo em que passam a idolatrar Roland, o pai pacifista de Ginger. Ele encoraja na filha a “lutar contra a bomba”, mas aos poucos Rosa demonstra ter outros interesses envolvidos.

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  2. Rosa cresceu sem o pai, enquanto Ginger admira o seu (papel de Alessandro Nivola), um veterano de guerra agora engajado na militância pacifista e cujo espírito libertário provocará uma dolorosa decepção na filha e na mulher (Christina Hendricks, conhecida pelo seriado Mad Men) — num titubeante direcionamento melodramático que o filme ganha a horas tantas.

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  3. 37.46.194.6
    Enviado em 26/04/2013 as 0:18

    Sinopse: Londres, 1962. Ginger e Rosa são amigas inseparáveis. Elas sonham com uma vida melhor que as de suas próprias mães, sempre presas à rotina doméstica, mas a crescente ameaça de uma guerra nuclear as amedronta. Não demora muito para que ambas entrem em conflito com as mães, ao mesmo tempo em que passam a idolatrar Roland, o pai pacifista de Ginger. Ele encoraja na filha a “lutar contra a bomba”, mas aos poucos Rosa demonstra ter outros interesses envolvidos.

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  4. Gosto muito do trabalho da diretora Sally Potter em um drama chamado "Por que Choram os Homens" e desde o momento que o vi pela primeira vez tenho interesse pelo seu cinema. Antes de visitar esta postagem, admito que desconhecia a história de "Ginger & Rosa". Quero vê-lo, o elenco é um grande atrativo.

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