
Para trazer elementos modernos ao western – gênero que fincou sua fama no passado – o diretor Ji-Woon Kim aposta em movimentos de câmera ousados e edição frenética em momentos importantes da trama.
Os Invencíveis é pontuado por três longas cenas de ação que definem o início, a metade e o final do filme. Todas elas construídas com apelo visual absurdo, explorando com precisão as locações, detalhes inseridos pela pós-produção interessantes e que aumentam o choque para o espectador. E entre essas três cenas o que vemos é o esquema linear e violento de corrupção de três homens fora-da-lei, como um pode enganar ao outro mesmo que seu ponto de chegada seja indefinido.
Entre esse show visual, algumas apostas não conseguem a naturalidade, ficam explicitamente mecânicos e parecem como takes experimentais no meio do vazio criado pelo roteiro que não trás novidade alguma para o gênero Western. Um caçador de recompensas (O Bom), um assassino (O Mau), um assaltante de trens (O Bizarro) nos primeiros minutos de filme se encontram dentro de um trem. Uma entrega planejada de um mapa que levaria a um tesouro falha. A partir daí, uma perseguição de gato e rato é criada. Como o estrondo do encontro destas três figuras é grande, outras potências do crime e logicamente da justiça também vão atrás de tal mapa.
Como diz o antigo título, os personagens se encaixam em cada adjetivo e a atenção maior fica para o hilário Yoon Tae-Go (O Bizarro – vivido pelo brilhante Kang Ho Sang também conhecido pelo seu trabalho em O Hospedeiro) que garante a naturalidade e a cara-de-pau entre o mocinho e o bandido. Infelizmente todas as surpresas são guardadas para o final do filme, o que pode causar cansaço para quem aguardou uma reviravolta durante 120 minutos. Mas sugiro que aguarde, pois as surpresas são boas.
★★