Não é só pela nacionalidade que o diretor Antônio Luigi Grimaldi se aproxima com os diretores do neo-realismo italiano. O novo filme de Grimaldi, Caos Calmo, usufrui da influência do movimento cinematográfico pós-guerra por quase toda exibição.
Para contar a história de Pietro Paladini, profissional de uma empresa em crise, marido e pai, que ao perder a sua esposa repentinamente, resolve mudar os seus valores. O diretor usa o exercício de desdramatização e resolve focar a ação toda na mente do espectador apenas. Na tela, o retrato do cotidiano e da rotina de Paladini, que passa seus dias sentado em um banco da praça em frente ao colégio de sua filha.
As pessoas vêm e vão. É lógico que o diretor utiliza alguns personagens fixos para fugir um pouco do neo-realismo e alguns momentos de emoções explícitas do personagem, Porém, o caos sugerido pelo título vem do espectador, mesmo com a percepção do personagem principal. Em paralelo, vemos os interesses desses personagens secundários em relação a Paladini, seja profissionalmente ou emocionalmente.
O encadeamento frouxo da narrativa sugere uma participação total do espectador durante a exibição. Pois durante a espera de Paladini, o filme mostra momentos de uma ternura diária, de uma rotina que serve para Paladini se colocar em um ponto necessário para não explodir, algo que os humanos estão acostumados a fazer: Esconder da própria dor com fatores urgentes e muitas vezes superficiais.
★★
Caos Calmo (Idem, Itália, 2008) de Antônio Luigi Grimaldi
Gostei do filme…quando tiver oportunidade, vou assisti-lo.:*
ResponderExcluirTenho um pouco de preguiça tanto de filmes com inspiração em guerra ou pós-guerra quanto de Nanni Moretti, depois de me frustrar com "O Quarto do Filho".Pedro, o filme já está nas locadoras, pra quem tiver interesse…Outra coisa: você deu 3 estrelas no post, mas no flixster está com 2 estrelas. Afinal, qual é o correto?Abraço!
ResponderExcluir