Marco Ricca dispensa a tradicional sede que diretores debutantes vêm ao pote em Cabeça a Prêmio. Em execução, o diretor mostra que sabe bem o que faz. Mas para transferir a obra de Marçal Aquino que retrata a decadência de uma família burguesa que vive graças a atividades ilegais para a tela, o roteiro problemático se sobrepõe aos olhos afiados da direção.
A impressão é que Ricca tenta justificar a presença de vários personagens e ligá-los à trama naturalmente, mas cai na armadilha da previsibilidade. Perto do epílogo, Ricca ainda corre para apresentar personagens. Para isso, a omissão de fatos é saída mais urgente e se desprende da intenção inicial, que era de seguir o caminho existencialista numa trama que inevitavelmente cai numa rede de crimes.
O grande suspiro do longa está em sequências que nos imergimos na decadência dos personagens, todos completamente contaminados por um sentimento que não sabem descrever. Cada um tem sua forma de descontar esta espécie de frustração, e assim, é possível se aproximar deles. Pena que são raros os momentos que Ricca não confunde este bons momentos com a necessidade de criar uma narrativa linear.
★★
Cabeça a Prêmio (Idem, Brasil, 2009) de Marco Ricca
Como sempre o cinema brasileiro, provoca meu desinteresse completo.
ResponderExcluirRealmente este aí não conseguiu me interessar, mesmo com a Alice Braga no elenco. Ainda assim, já é válido saber que Ricca mostrou algum talento.
ResponderExcluirhahahaha eu ri do comentário do cleber. E da sua resposta a ele. xD
ResponderExcluirEsse foi bastante elogiado né. Tô afim de assistir, mas tô mal de cinema nacional este ano, viu?
[]s!
grandioso adentona mi crintosi te buinho plarico paresval. clissua te vafiania lidia nos trolves o duspespa adonduma vaprergia bien.
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