A história de O Homem que Mudou o Jogo não é das mais novas, é verdade. Porém, a ótica dada por Bennett Miller na transposição do livro Moneyball: The Art of Winning an Unfair Game de Michael Lewis para as telas foge de convencionalismos. As imagens de arquivo que  abrem o filme e carregam forte carga dramática são diluídas na persona  de Billy Beane (Brad Pitt), ex-jogador de Beisebol que gerencia o time Oakland Athletics e vê o time perder seus principais jogadores.
Billy  é uma espécie de anti-herói e não sofre por isso. O sadismo faz parte  do mercado que os engole em takes de câmera abertos. O esporte aposta em  profissionais imersos na apostasia e comodismo que se choca com o plano  de Peter Brand (Jonah Hill), que desenvolveu o Moneyball,  onde o desempenho final das equipes é baseado em estatísticas e não nos  resultados – clara alusão ao mundo dos negócios em geral e às relações  profissionais, sempre urgentes e rasas.
O roteiro escrito por Steven Zaillian e Aaron Sorkin guarda para o protagonista enigmas que devem ser decifrados por nós sem  ajuda de resquícios melodramáticos. Seus traumas o perseguem, mas nunca  estão no cerne narrativo, como normalmente é para todos nós. Pitt  entrega uma performance que reforça esta idéia, oscilando naturalmente  entre a prepotência e a total insegurança. Ainda que seus moldes sejam  ditados pela previsibilidade, O Homem que Mudou o Jogo acerta ao tender pelo uso da temática esportiva para desconstruir assuntos nada triviais.
O Homem Que Mudou o Jogo (Moneyball, EUA, 2011) de Bennett Miller

 
 
 
Bom filme mesmo!
ResponderExcluirMas nada digno de premiações..
Bom passatempo, bem feito e com ótimos atores.
Apenas.