Bom ver Brian Taylor de volta e com a mesma disposição dos tempos de Adrenalina e Gamer para um filme tão excessivo como Mom and Dad. O filme é uma espécie de coleção de interlúdios sobre a base da sociedade americana - família, educação e saúde, nesta ordem -, passeando por ambientes que associem a este pensamento num jogo frenético de artificialidade e frontalidade dramatúrgica. E quanto mais Taylor insere informações nesta história, mais dissonante ela fica e o gosto pelo excesso ganha novas dimensões - principalmente Nicolas Cage e Selma Blair, grandes córregos para o gore em uma trama que nunca se justificou. Desta ausência a comicidade ganha contornos semelhantes ao de Adrenalina, na junção de linguagem e puro absurdo - em como Taylor faz um filme sobre colunas sociais arruinadas (em especial a família) e como amor e ódio podem traçar caminhos muito semelhantes.
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