John Wick: Parabellum (Chad Stahelski, 2019)


O terceiro capítulo da saga de John Wick é um tríptico que é sujeito ao trabalho sujo de responder o sentido do cinema de ação. Vai da estrutura de games - Wick passa de fases -, ao bloco de ação entregue somente aos corpos e coreografias que só é possível compará-lo com Fervura Máxima de John Woo. E enfim fura o microcosmo dos outros filmes para abordar questões éticas e morais sobre a máfia na ilustração mais simples e potente que o ato de tirar Wick de seu habit caótico para o transtorno exclusivo que a crise traz. Stahelski ainda é um diretor de perfomances corporais e este ainda é o ponto alto de Parabellum, dos desvios de tiros às artes marciais e perseguições por Nova Iorque, embaladas pela beleza estética tradicional da trilogia que aos poucos transformam Wick num corpo-sentido, ou seja, numa representação maior que um homem marcado para morrer.

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