A Minha Versão do Amor, como a maioria das comédias contemporâneas, se atrela a elementos dramáticos como contrapeso do lado cômico do texto para criar identificação maior com os personagens. O longa dirigido por Richard J. Lewis e protagonizado por Paul Giamatti (vencedor do Globo de Ouro deste ano pela atuação) peca justamente na irregularidade dentro da relação entre os gêneros. A imprevisibilidade do amor é o tema que rege a narrativa do longa que acompanha a vida de Barney (Giamatti), um homem vulnerável, casado três vezes – sem sucesso em nenhum deles, todos marcados por experiências traumatizantes.
Em retrospectiva, a vida de Barney toma forma de uma comédia baseada em bons diálogos, cheia de referências (Woody Allen talvez seja a maior delas) e ótimo ritmo. Giamatti rouba a cena e só a divide com Dustin Hoffman, em atuação memorável, vivendo o pai fanfarrão do protagonista.
Na segunda metade, o filme escrito por Michael Konyves baseada na obra de Mordecai Richler torna-se um ensaio dramático, manipulando o envolvimento da platéia. Muda-se a postura, o ritmo, a trilha. Menos a entrega de Giamatti a seu personagem e a eloquência do texto. Como epítome, A Minha Versão do Amor é uma obra irregular, que mantém a platéia atenta graças a seu leve desenvolvimento.
★★★
Saudações? Considerei bastante aplausível seu weblog, e resolvi deixar esse texto! Parabéns por isso, e fique com sucesso!
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