La La Land (Damien Chazelle, 2016)




  um tempo atrás comentava aqui sobre a importância da decupagem em Whiplash, filme que proporcionou a Chazelle o mundo que ostenta em La La Land, espécie de desfecho de uma trilogia sobre o jazz e leve moral sobre sonhos e a imperfeição da vida. Pois bem, é possível que esta estrutura seja um espelho de Whiplash e principalmente Guy and Madeline on a Park Bench, primeiro filme do diretor. E talvez isso seja o mais interessante do filme, como La La Land é uma releitura idílica de um mundo outrora registrado. Também fica claro que Chazelle se impressiona com a própria estrutura que hoje carrega nas costas e sabe brincar com isso - em tom que o permita encantar o grande público e seja o filme da temporada de premiações. É o caso de um filme de espinha dorsal enganosa mas que nos detalhes sabe colocar suas (auto)referências e neste caso, usar os números musicais como engrenagens à narrativa ante ao mero espetáculo. Ainda que tudo pareça meticuloso, La La Land é um filme raso sobre conflitos da idade adulta e que estorvo seria se nos jogássemos na cama diariamente para sonhar e não para realizar.

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