Gatsby Welles diz: "É bom voltar à cidade!"
Como um filme de retorno a Manhattan, Woody Allen faz da atual adaptação de sua grife cômica a mais equilibrada entre em seus alicerces. A neura e sua afincada persona, espalhadas na trinca de protagonistas junto à cidade estão muito bem niveladas. Há muito o que dizer a respeito da escolha de nome e sobrenome do personagem de Timothée Chalamet, principalmente por seus cursos de autodestruição semelhantes a de Orson Welles e do cineasta inseguro que faz cinema de arte, mas o que prevalece aqui é o conjunto de esquetes e referências à recente polêmica de Allen com Mia Farrow, muito bem acobertadas pela trama que por natureza é dormente; A comicidade aqui é eixo para bocas taciturnas, colocando o que Allen faz de melhor à margem - os diálogos. O famoso "tapa com luva de pelica" fica mais evidente conforme o desfecho se aproxima e Nova York não é mais apresentada como o paraíso para os turistas e também dona de problemas, incluindo dias chuvosos e diretores neuróticos - e sempre haverá quem goste deles.
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