Tár de Todd Field |
Este é um longo post. 2022 marcou o retorno em definitivo às salas de cinema para eventos como mostras e festivais. Por outro lado, foi o ano que nos levou Bogdanovich, Deodato, Straub e Godard. Sobre os filmes, o critério é o de sempre com filmes a partir de 40 minutos e de lançamento nos últimos dois anos (20-22 neste caso). Vamos a eles:
100. A Black Rift Begins to Yawn (Matthe Wade, 2021)
Equivaler o cinema estrutural ao horror moderno.
Equivaler o cinema estrutural ao horror moderno.
97. Onde Fica Esta Rua? Ou Sem Antes e Nem Depois (João Pedro Rodrigues, João Rui Guerra da Mata, 2022)
Filmando fantasmas.
96. Noites Alienígenas (Sérgio de Carvalho, 2022)
Um filme-OVNI que está a contextualizar a destruição de um país em diversas frentes.
89. Incredible but True (Incroyable mais vrai, Quentin Dupieux, 2022)
No analógico ou no digital o tempo destrói tudo.
No analógico ou no digital o tempo destrói tudo.
88. The Cathedral (Ricky D’Ambrose, 2021)
Contra a tradicional dramaturgia dos filmes de família americanos.
86. Harvest (Thomas Roberts, 2022)
Pesadelo entre molduras.
84. I Have Been Not Afraid of Going Blind for a Long Time (Yannick Mosimann, 2022)
Cine-olho em versão literal.
Cine-olho em versão literal.
83. Raquel 1:1 (Mariana Bastos, 2022)
Culpa, submissão e medo: neo-pentecostalismo em encontro frontal.
Culpa, submissão e medo: neo-pentecostalismo em encontro frontal.
81. Cinéfilos (Los Visionadores, Néstor Frankel, 2022)
Nostalgia para uma divertida sessão de meia-noite.
Nostalgia para uma divertida sessão de meia-noite.
79. The Eyes Below (Les yeux dussous, Alexis Bruchon, 2021)
Um desencargo de consciência em versão metafísica.
Um desencargo de consciência em versão metafísica.
75. Lucie Loses Her Horse (Claude Schmitz, 2021)
O screwball como via ideal para comentar o mercado artístico.
O screwball como via ideal para comentar o mercado artístico.
74. Um Disco Normal (João Kombi, Tomás Moreira, 2022)
Reproduzir com exatidão a aura do artista registrado.
Reproduzir com exatidão a aura do artista registrado.
73. Great Freedom (Sebastian Meise, 2021)
Ótima equivalência de um drama de presídio e um filme de amor.
Ótima equivalência de um drama de presídio e um filme de amor.
70. Um Pequeno Pacote de Amor (A Little Love Package, Gastón Solnicki, 2022)
Como atravessar composições fílmicas.
Como atravessar composições fílmicas.
65. Racionais MC’s: Das Ruas de São Paulo Para o Mundo (Juliana Vicente, 2022)
Criar e amplificar vozes.
Criar e amplificar vozes.
64. Shin Ultraman (Shinju Higuchi, 2022)
Divertido exercício de subversão às funcionalidades dos filmes de herói contemporâneos.
Divertido exercício de subversão às funcionalidades dos filmes de herói contemporâneos.
58. Stars at Noon (Claire Denis, 2022)
Denis prova sua versatilidade e entrega um bom thriller político.
Denis prova sua versatilidade e entrega um bom thriller político.
57. Seguindo Todos os Protocolos (Fábio Leal, 2022)
Dos poucos filmes de pandemia que possui sensibilidade para embutir nossos desejos e saúde mental ao horror da claustrofóbica rotina.
Dos poucos filmes de pandemia que possui sensibilidade para embutir nossos desejos e saúde mental ao horror da claustrofóbica rotina.
55. Guardiões da Eternidade (The Timekeepers of Eternity, Aristotelis Maragkos, 2021)
Manipular um filme até termos algo completamente novo.
Manipular um filme até termos algo completamente novo.
54. Vida Férrea (Manuel Bauer, 2022)
Um grande road movie.
Um grande road movie.
45. The Novelist’s Film (Hong Sang-Soo, 2022)
Confessar-se em um filme a ponto de ter o real em suas mãos.
Confessar-se em um filme a ponto de ter o real em suas mãos.
29. Sol in the Dark (Mawena Yehouessi, 2022)
Para um diálogo com o mundo moderno é preciso extrapolar o seu conceito.
Para um diálogo com o mundo moderno é preciso extrapolar o seu conceito.
28. O Amparo do Céu (El Amparo del Cielo, Diego Acosta, 2021)
Alinhar a rotina de trabalho ao western e ao horror.
Alinhar a rotina de trabalho ao western e ao horror.
24. The Plains (David Easteal, 2022)
Jeanne Dielman e Cenas de um Casamento juntos em um filme estrutural.
Jeanne Dielman e Cenas de um Casamento juntos em um filme estrutural.
23. No Shark (Cody Clarke, 2022)
Um caso raro no cinema underground americano: o diretor assertivo sobre si e que rejeita a mudança, ou melhor, um ataque de tubarão.
Um caso raro no cinema underground americano: o diretor assertivo sobre si e que rejeita a mudança, ou melhor, um ataque de tubarão.
17. The Fire Within: Requiem for Katia and Maurice Krafft (Werner Herzog, 2022)
Morrer pelas imagens.
Morrer pelas imagens.
11. O Sonho e o Rádio (Le rêve et la radio, Ana Tapia Rousiouk, Renaud Deprés-Larose, 2022)
Transformar narrativa, estética e gênero em liberdade.
Transformar narrativa, estética e gênero em liberdade.
10. Armaggedon Time (James Gray, 2022)
Um filme de família para exibir as fissuras do sonho Americano.
Um filme de família para exibir as fissuras do sonho Americano.
08. Os Estados Unidos da América (The United States of America, James Benning, 2021)
Filmes possíveis que escorrem pelas imagens estáticas.
Filmes possíveis que escorrem pelas imagens estáticas.
07. Mato Seco em Chamas (Adirley Queirós, 2022)
O processo de transformação da distopia em realidade.
O processo de transformação da distopia em realidade.
06. Paixões Recorrentes (Ana Carolina, 2022)
Brasil a balançar e a sequência involuntária de A Primeira Missa.
Brasil a balançar e a sequência involuntária de A Primeira Missa.
01. XCXHXEXRXRXIXEXSX (Ken Jacobs, 2022)
O experimento como matéria-prima do cinema: ilusões e histórias autônomas ao meio.
Pedro Tavares é integrante da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema, diretor e curador do Festival ECRÃ, mestrando em estudos contemporâneos das artes pela UFF-RJ e realizador. Dirigiu o longa "Cena do Crime", premiado como melhor filme no Festival de Cinema Independente de Madrid.
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