Filme de muitos resgates sendo o principal o de relacionar horror e a experimentação de maneira direta. Do horror impregnado à imagem e como a observação estática oferece diversas sensações, do medo a partir das linhas de um dispositivo televisivo ao do jogo de sombras e chiaroscuro enriquecidas pelo granulado de uma câmera caseira dos anos 90. Kyle Edward Ball coloca o cinema de horror e o cinema experimental em inerente jornada de forma mais explícita quando o cinema estrutural, em especial o monumental Wavelength de Michael Snow é uma de suas claras influências. É na repetição dos movimentos câmera, na observação que incomoda os mais sedentos por uma narrativa e também pelo certo fetiche que o incomodo que só os flicker films podem trazer enquanto um televisor pisca e suas linhas passeiam em nossas retinas a criar novas criaturas por nosso reflexo visual e não imaginário. É um exercício de manipulação direto ao público através do meio em primeiro lugar para depois ser um jogo de sugestões ao terror que fomenta citações a subgêneros do cinema de horror como o foundfootage e o sobrenatural.
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