É  chocante imaginar que isso realmente aconteceu. Algo realmente  cinematográfico. Recrutado para dar um curso sobre autocracia, o  professor punk Rainer Wegner, tendia a dar o seu curso sobre anarquia,  mas quando o seu salário fala mais alto, Wegner não titubeia. Essa seria  uma lacuna a ser discutida, mas deixemo-la de lado, pois o longa de  Gansel levanta questões sociais e nossos posicionamentos perante a  sociedade à todo o momento e a decrescente crença no ser humano.
Entre  os aspectos contemporâneos como os meios de comunicação e as relações  entre os alunos, envolvidos pela desconfiança e tremor, os alunos são  domados por Wegner com uma tática antiga, dando o falso senso de  coletividade a eles. Assim, o grupo que dá nome ao filme é criado e que  preza inconscientemente por uma característica básica: A contradição.  Enquanto o longa se desenvolve, ele mostra essas lacunas deixadas pelos  alunos e por Wegner.
Submissos  à um ideal tão vazio quanto o projeto, os alunos nada mais tem o que  fazer que viver tal senso e impondo suas forças onde não existem forças  de reação, com isso, o caos é instalado. Dentro desta pseudo disciplina  ninguém menos que o professor parece ser o mais inocente. E tudo parece  piorar e ficar fora de controle, mesmo com protestos contra a criação  deste pequeno regime acadêmico.
Na  verdade, A Onda mostra até onde nós podemos ir por uma falsa idéia de  felicidade, igualdade ou justiça, de certa forma aproximando a Alemanha  atual da Alemanha de Hitler, que é reforçado no último ato do longa.  Pois a necessidade de um líder em vidas tão precocemente largadas parece  ser a melhor solução. Ser domado parece ser uma boa saída para quem,  sem sabedoria, já saturou a liberdade.
 ★★★★
A Onda (Die Welle, Alemanha, 2008) de Dennis Gansel
 
 
 
Saudações? Achei bastante interessante seu trabalho na web, e resolvi publicar esse recado! Muito bem por isso, e permaneça com sucesso!
ResponderExcluirEu vi esse filme na escola , além de ser interessante e você aprender muito com ele , ele também é muito engraçado em algumas partes e usa uma linguagem jovem de se contar uma história trágica :)
ResponderExcluirColoquei sua matéria nos meus favoritos e estou aguardando novidades!
ResponderExcluirCaro Pedro gostaria de saber se o filme ainda está nos cinemas. Pelo menos aqui em Porto Alegre não qualquer comentário a respeito do filme. Já está nas locadoras de video ?
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