Aparentemente a intenção maior de Como Esquecer é de destroçar um estado de espírito. Um momento confortável (sim, confortável) de autodestruição e tristeza, solitário e também egoísta. Personificado em Júlia, mulher recém separada de Antônia, que numa sábia escolha não aparece em momento algum do filme, mas é representada pelos diálogos que também traçam o estudo deste um estado emocional.
O confronto contra a sabotagem inconsciente vem através de Hugo, amigo que coloca Júlia de frente à outra realidade, como um dedo na ferida. Mas Como Esquecer não é um filme que vai direto ao ponto, que mergulha nessa catarse. O filme é cheio de arestas, deveras romanceado com reflexões existenciais interessantes, mas colocadas de formas erradas, exageradamente melodramáticas. Elas são batidas dentro do formato do filme e não se encaixam com os diálogos previsíveis.
Sem uma moral imposta, o filme de Malu de Martino tem a sobriedade de dizer que todos são vulneráveis a esta situação sem ser tão óbvio, mas não se atreve a estudar extremidades pelas ações e compra apenas a representação superficial, negando a pungência que tanto cita em sua duração.
★★★
Como Esquecer (Idem, Brasil, 2010) de Malu de Martino
Desculpe-me mas não concordo com a crítica .Achei o filme competente, Ana Paula Arósio e Murilo Rosa interpretaram brilhantemente seus personagens, e os diálogos se encaixam perfeitamente em cada cena. Cito como exemplo, (spoiller), o momento em que Júlia esta sentada sozinha na chuva e logo em seguida vem uma frase sobre não depender do outro para viver.
ResponderExcluirÉ um filme lindo, sensível, e que mostra de forma bastante expressiva que perder o ser amado pode sim ser uma das piores coisas da vida.
Não conhecia este filme, gostei da dica.
ResponderExcluirAté mais
Tem visto muitos filmes brasileiros, né?
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