FESTIVAL DO RiO - PARTE 2

Pouco tempo para conciliar trabalho, festival e blog. Provavelmente postarei pequenos comentários sobre os filmes a partir de hoje, com exceção dos medalhões. Então vamos lá:

TURNÊ (Tournée, França, 2010) de Mathieu Almaric

O exercício sugerido por Mathieu Almaric em Turnê (filme que o premiou como melhor diretor já em seu debut) é contemplativo. Vemos o sonho de um grupo de dançarinas de um espetáculo neoburlesco se tornar em decadência e das cinzas, a volta da esperança, com ajuda da amizade. O filme imprime na narrativa uma distância que não só tira forças do filme, como não é recuperada. Fica a sensação de que Turnê deveria ser um filme completamente interativo e clichê para funcionar.

OITO VEZES DE PÉ (8 fois debout, França, 2009) de Xabi Molia

O filme de Xabi Molia trata o desemprego como catalisador da insegurança e das síndromes de Elsa, mãe ausente que tem como característica principal a auto-sabotagem. A contemporaneidade do assunto esbarra no formato que Molia resolve contar sua história. O drama bem costurado às vezes conduz a um espasmos cômicos, talvez para justificar o entorno do filme, metido a espontâneo e descompromissado.

NOSSO FANTÁSTICO SÉCULO 21 (Neowa Naui 21 segi, Coréia do Sul, 2009) de Ryu Hyung-Ki

Como o nome do filme entrega: uma época de insatisfações e saídas mambembes para um alívio momentâneo. Seja na aparência, na vida amorosa ou com os amigos, estamos num momento de atitudes extremas. Como consequência, ganhamos uma avalanche emocional. Apesar da fidelidade registrada, Ryu Hyung-Ki usa métodos saturados para elevar o melodrama e acaba perdendo em ritmo e impacto.

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