Fiel  à sua época, com som alto e vibrante e com tendências psicodélicas em  sua fotografia, a cinebiografia das Runaways parece ter potencial para  passar da barreira do entretenimento e servir como um parâmetro  histórico quando o assunto é música. Afinal, Joan Jett e suas comparsas  tiveram valor inegável para o rock. Por vezes, Floria Sigismondi chega  perto. Ela aborda o macete mais antigo do cinema quando falamos do  prazer imagético. A manipulação da diretora através de imagem e som é  terrível, cheia de clichês e ao mesmo tempo, deliciosa.
Toda  fidelidade focada na narrativa acaba indo para o ralo ao criar  tendenciosos nuances melodramáticos. Parece que as meninas um dia se  reuniram num trailer e de lá, explodiram em questão de segundos, com  milhares de hits prontos e problemas inatingíveis para as integrantes,  exceto as drogas, é claro. Em The Runaways – Garotas do Rock, as pequenas idéias conflituosas são ocas e ligeiras.
A  montagem dinâmica afasta esta problemática do roteiro e dá forças ao  filme, que assim faz o seu dever de correr contra o tempo com tantos  personagens e tantos fatos para moldurar a história do grupo. Mas parece  que Sigismondi carrega a obrigação de agradar um público que não sabe  quem foram as Runaways. Um público que busca apenas escapismo e não  reviver um tempo ou até mesmo, conhecer o grupo.
 ★★★
The Runaways – Garotas do Rock (The Runaways, EUA, 2010) de Floria Sigismondi  

 
 
 
Em quais cinemas de são paulo está em cartaz??
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