Carnaval acabou e o Oscar passou. Hora de listar 15
filmes para acompanhar em 2017. Todos estarão disponíveis de alguma forma: nos
cinemas, festivais, Video on Demand ou outros meios.
Voilà:
THE
BEGUILED (Sofia Coppola)
FRAGMENTADO (M.Night Shyamalan)
Após o excelente A Visita, M. Night Shyamalan narra a história de Kevin
(James McAvoy), um homem com 23 personalidades diferentes e com habilidade de
alterná-las quimicamente em seu organismo com a força do pensamento. Estreia
prevista para 23 de março.
SAL E
FOGO (Werner Herzog)
Herzog vem de uma leva duvidosa de filmes produzidos nos EUA. Sal e Fogo conta com Gael Garcia Bernal
e Michael Shannon no elenco para contar os bastidores de um desastre ecológico.
É torcer para este ser melhor que o último do diretor sobre amarras de um estúdio:
o fraquíssimo Queen of the Desert.
PORTO -
HISTÓRIA DE AMOR (Gabe Klinger)
Gabe Klinger dirigiu o
documentário Double Play, sobre a
relação de amizade entre James Benning e Richard Linklater, dois mestres no
estudo do tempo no segmento cinematográfico. Certamente um filme que deveria
ser visto por todos que se interessam por cinema. Porto é o primeiro filme de
ficção de Klinger. Estreia prevista para 8 de junho.
9 DOIGTS
(F.J Ossang)
F.J Ossang tem apenas quatro
longas e cinco curtas, o bastante para ser homenageado pela Mostra de São Paulo
em 2010. 9 Doigts é um filme noir e sacramenta o retorno do diretor aos longas,
agora em parceria com a produtora portuguesa O Som e a Fúria. O último filme de
F.J Ossang foi o ótimo Dharma Guns,
de 2010. As chances do filme figurar na programação da Mostra são grandes.
THE LOST
CITY OF Z (James Gray)
Mesmo fora de competição no
Festival de Berlim deste ano, o novo
filme de James Gray foi um dos grandes destaques do evento. Segundo o IMDB,
trata-se de um filme de encomenda, mas o nome de James Gray na direção é suficiente. Estreia prevista para 20 de
abril.
ANTIPORNO
(Sion Sono)
Sion Sono lançou cinco filmes em
2016. Cinco! Todos completamente insanos, como de praxe. Em 2017 mais três
foram anunciados. Antipornô estreou
no Japão em janeiro e relembra os tempos de soft-porn nas salas de cinema do
país. Este é o filme mais curto da carreira de Sion Sono, com apenas 1h16 min.
Provavelmente estará na programação dos grandes festivais do Brasil.
A CAMERA
DE CLAIRE (Hong Sang-Soo)
O reencontro de Sang-Soo com
Isabelle Huppert é para contar o caso - em seu arquétipo consagrado,
entrelaçando quatro histórias - entre um escritor e uma professora. Ainda sem
data de estreia prevista, mas é muito provável que faça sua carreira nos festivais antes de entrar em cartaz.
A MULHER
QUE SE FOI (Lav Diaz)
O longa mais curto da carreira de
Lav Diaz (3 horas e 40 minutos) possibilita enfim que um de seus filmes entre
em cartaz com maior destaque. Tente ver sem ir ao banheiro durante a projeção.
Estreia prevista para 6 de abril.
TOMBSTONE
RASHOMON (Alex Cox)
Talvez poucos ainda se interessem
pela carreira de Alex Cox, um dos mais inventivos diretores radicados nos EUA e
banido em Hollywood atualmente. Tombstone
Rashomon foi financiado pela Troma e por uma campanha de crowdfunding. O
filme narra no estilo de Rashomon de
Akira Kurosawa uma versão de Sem
Lei, Sem Alma de John Sturges pelo olhar de Alex Cox. É isso mesmo. É
provável que o diretor lance o filme em sua conta no Vimeo gratuitamente como
fez com o filme anterior, Bill, The
Galactic Hero.
OS
INCONTESTÁVEIS (Alexandre Serafini)
Segundo o diretor Alexandre
Serafini, as influências são de Monte Hellman e Sam Peckinpah. Segundo a
crítica, dos irmãos Coen. Se depender das referências, Os Incontestáveis pode ser uma das grandes surpresas do ano. A
trama cerca a busca de dois irmãos pelo Maverick 77 que pertencera ao pai. O
filme foi exibido na Mostra de Tiradentes e provavelmente correrá o circuito de
festivais em 2017.
PIELES
(Eduardo Casanova)
Filme mais polêmico do Festival
de Berlim deste ano, Pieles narra a
vida sexual de pessoas com doenças degenerativas - existentes ou não.
Provavelmente antes de chegar aos cinemas (se chegar!) deve passar pelo
circuito de festivais.
MARTÍRIO
(Vincent Carelli)
Por onde passou em 2016 (Festival
de Brasília, Mostra de SP, Semana dos Realizadores), Martírio foi um rolo compressor. Segundo a crítica, este
filme-evento serve como um diagnóstico geral do Brasil. Estreia no dia 13 de
abril.
THE
COMMUTER (Jaume-Collet Serra)
Mais uma parceria de Liam Neeson
e Collet Serra. O filme ronda a conspiração criminosa contra um homem de
negócios. Estreia no dia 12 de outubro.
ERA UMA
VEZ BRASÍLIA (Adirley Queirós)
Pela sinopse tudo indica que
Adirley continuará no campo de Branco
Sai, Preto Fica. O filme (segundo o diretor, um documentário filmado no ano
zero pós-golpe), narra a saga de um agente intergaláctico que recebe a missão
de matar Juscelino Kubitscheck no dia da inauguração de Brasília. Estreia
prevista para o segundo semestre de 2017.
E mais: Ghost in the Shell (Rupert Sanders), The Trap (Harmony Korine),
How to Talk to Girls at Parties (John Cameron Mitchell), O Filho de Joseph
(Eugène Green), Fome de Poder (John Lee Hancock), Downsizing (Alexander Payne),
Paterson (Jim Jarmusch), Based on True Story (Roman Polanski), Okja (Bong
Joon-Ho), Bingo: O Rei das Manhãs (Daniel Rezende), Murder on the Orient
Express (Kenneth Branagh), Weirdos (Bruce McDonald), Era o Hotel Cambridge
(Eliane Caffé), Vida (Daniel Espinoza), No Intenso Agora (João Moreira Salles),
The Misandrists (Bruce LaBruce), O Filme da Minha Vida (Selton Mello), Baronesa
(Juliana Antunes), American Made (Doug Liman), Baywatch (Seth Gordon), O Jantar
(Oren Moverman), Apesar da Noite (Philippe Grandrieux), Baby Driver (Edgar
Wright), Coco (RZA), David Lynch: a vida de um artista (Rick Barnes), Hunter
Killer (Donovan Marsh), Marighella (Wagner Moura), Mogura no uta: Hong Kong
kyôsô-kyoku (Takashi Miike), Corpo Elétrico (Marcelo Caetano), World Without
End (No Reported Incidents) (Jem Cohen), Pendular (Julia Murat), On the Beach
at Night Alone (Hong Sang Soo), Happy End (Michael Haneke).
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