15 filmes para 2017


Carnaval acabou e o Oscar passou. Hora de listar 15 filmes para acompanhar em 2017. Todos estarão disponíveis de alguma forma: nos cinemas, festivais, Video on Demand ou outros meios.

Voilà:

THE BEGUILED (Sofia Coppola)

Sofia Coppola dirigindo remake de Don Siegel. No mínimo, curioso. Estreia em 24 de agosto.



FRAGMENTADO (M.Night Shyamalan)

Após o excelente A Visita, M. Night Shyamalan narra a história de Kevin (James McAvoy), um homem com 23 personalidades diferentes e com habilidade de alterná-las quimicamente em seu organismo com a força do pensamento. Estreia prevista para 23 de março.



SAL E FOGO (Werner Herzog)

Herzog vem de uma leva duvidosa de filmes produzidos nos EUA. Sal e Fogo conta com Gael Garcia Bernal e Michael Shannon no elenco para contar os bastidores de um desastre ecológico. É torcer para este ser melhor que o último do diretor sobre amarras de um estúdio: o fraquíssimo Queen of the Desert.



PORTO - HISTÓRIA DE AMOR (Gabe Klinger)

Gabe Klinger dirigiu o documentário Double Play, sobre a relação de amizade entre James Benning e Richard Linklater, dois mestres no estudo do tempo no segmento cinematográfico. Certamente um filme que deveria ser visto por todos que se interessam por cinema. Porto é o primeiro filme de ficção de Klinger. Estreia prevista para 8 de junho.



9 DOIGTS (F.J Ossang)

F.J Ossang tem apenas quatro longas e cinco curtas, o bastante para ser homenageado pela Mostra de São Paulo em 2010. 9 Doigts é um filme noir e sacramenta o retorno do diretor aos longas, agora em parceria com a produtora portuguesa O Som e a Fúria. O último filme de F.J Ossang foi o ótimo Dharma Guns, de 2010. As chances do filme figurar na programação da Mostra são grandes.



THE LOST CITY OF Z (James Gray)

Mesmo fora de competição no Festival de Berlim deste ano, o  novo filme de James Gray foi um dos grandes destaques do evento. Segundo o IMDB, trata-se de um filme de encomenda, mas o nome de James Gray na direção é  suficiente. Estreia prevista para 20 de abril.



ANTIPORNO (Sion Sono)

Sion Sono lançou cinco filmes em 2016. Cinco! Todos completamente insanos, como de praxe. Em 2017 mais três foram anunciados. Antipornô estreou no Japão em janeiro e relembra os tempos de soft-porn nas salas de cinema do país. Este é o filme mais curto da carreira de Sion Sono, com apenas 1h16 min. Provavelmente estará na programação dos grandes festivais do Brasil.



A CAMERA DE CLAIRE (Hong Sang-Soo)

O reencontro de Sang-Soo com Isabelle Huppert é para contar o caso - em seu arquétipo consagrado, entrelaçando quatro histórias - entre um escritor e uma professora. Ainda sem data de estreia prevista, mas é muito provável que faça sua carreira  nos festivais antes de entrar em cartaz.



A MULHER QUE SE FOI (Lav Diaz)

O longa mais curto da carreira de Lav Diaz (3 horas e 40 minutos) possibilita enfim que um de seus filmes entre em cartaz com maior destaque. Tente ver sem ir ao banheiro durante a projeção. Estreia prevista para 6 de abril. 



TOMBSTONE RASHOMON (Alex Cox)

Talvez poucos ainda se interessem pela carreira de Alex Cox, um dos mais inventivos diretores radicados nos EUA e banido em Hollywood atualmente. Tombstone Rashomon foi financiado pela Troma e por uma campanha de crowdfunding. O filme narra no estilo de Rashomon de  Akira Kurosawa uma versão de Sem Lei, Sem Alma de John Sturges pelo olhar de Alex Cox. É isso mesmo. É provável que o diretor lance o filme em sua conta no Vimeo gratuitamente como fez com o filme anterior, Bill, The Galactic Hero.



OS INCONTESTÁVEIS (Alexandre Serafini)

Segundo o diretor Alexandre Serafini, as influências são de Monte Hellman e Sam Peckinpah. Segundo a crítica, dos irmãos Coen. Se depender das referências, Os Incontestáveis pode ser uma das grandes surpresas do ano. A trama cerca a busca de dois irmãos pelo Maverick 77 que pertencera ao pai. O filme foi exibido na Mostra de Tiradentes e provavelmente correrá o circuito de festivais em 2017.



PIELES (Eduardo Casanova)

Filme mais polêmico do Festival de Berlim deste ano, Pieles narra a vida sexual de pessoas com doenças degenerativas - existentes ou não. Provavelmente antes de chegar aos cinemas (se chegar!) deve passar pelo circuito de festivais. 



MARTÍRIO (Vincent Carelli)

Por onde passou em 2016 (Festival de Brasília, Mostra de SP, Semana dos Realizadores), Martírio foi um rolo compressor. Segundo a crítica, este filme-evento serve como um diagnóstico geral do Brasil. Estreia no dia 13 de abril.



THE COMMUTER (Jaume-Collet Serra)

Mais uma parceria de Liam Neeson e Collet Serra. O filme ronda a conspiração criminosa contra um homem de negócios. Estreia no dia 12 de outubro.



ERA UMA VEZ BRASÍLIA (Adirley Queirós)

Pela sinopse tudo indica que Adirley continuará no campo de Branco Sai, Preto Fica. O filme (segundo o diretor, um documentário filmado no ano zero pós-golpe), narra a saga de um agente intergaláctico que recebe a missão de matar Juscelino Kubitscheck no dia da inauguração de Brasília. Estreia prevista para o segundo semestre de 2017.



E mais: Ghost in the Shell (Rupert Sanders), The Trap (Harmony Korine), How to Talk to Girls at Parties (John Cameron Mitchell), O Filho de Joseph (Eugène Green), Fome de Poder (John Lee Hancock), Downsizing (Alexander Payne), Paterson (Jim Jarmusch), Based on True Story (Roman Polanski), Okja (Bong Joon-Ho), Bingo: O Rei das Manhãs (Daniel Rezende), Murder on the Orient Express (Kenneth Branagh), Weirdos (Bruce McDonald), Era o Hotel Cambridge (Eliane Caffé), Vida (Daniel Espinoza), No Intenso Agora (João Moreira Salles), The Misandrists (Bruce LaBruce), O Filme da Minha Vida (Selton Mello), Baronesa (Juliana Antunes), American Made (Doug Liman), Baywatch (Seth Gordon), O Jantar (Oren Moverman), Apesar da Noite (Philippe Grandrieux), Baby Driver (Edgar Wright), Coco (RZA), David Lynch: a vida de um artista (Rick Barnes), Hunter Killer (Donovan Marsh), Marighella (Wagner Moura), Mogura no uta: Hong Kong kyôsô-kyoku (Takashi Miike), Corpo Elétrico (Marcelo Caetano), World Without End (No Reported Incidents) (Jem Cohen), Pendular (Julia Murat), On the Beach at Night Alone (Hong Sang Soo), Happy End (Michael Haneke).

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