Uma mulher tem algumas horas para conseguir 4000 euros ou seu irmão será assassinado. Esta pequena sinopse pode nos remeter à Corra, Lola, Corra de Tom Tykwer, sugerindo uma reflexão sobre essa pressa contemporânea e  o eterno problema das drogas. Para estruturar seus personagens e  dilemas, o diretor Richard Jordan usa uma narrativa mais introspectiva e  menos policial como de esperado.
Jordan  prefere subir rápido a ladeira quando apresenta Sara, uma mulher  aparentemente tranqüila, estagnada em suas decisões, até seu irmão bater  em sua porta, ensangüentado e uma dívida aparentemente impossível de  ser liquidada em tão pouco tempo. O que vemos a partir daí, é uma  história de degradação. Sara é obrigada a enfrentar os fantasmas de seu  passado, chegando no limite psicológico para se colocar como escudo de  seu irmão, que está sempre numa posição fragilizada, desfavorecida.
Seja  vendo parentes distantes ou enrolando sua patroa, Sara parece driblar a  hipocrisia de um discurso meloso para apostar em uma mentira que  somente ela colherá os frutos para proteger seu irmão, que está ali  apenas por interesse. Mesmo com a necessidade de um pouco mais de ação –  não de tiros ou coisas do tipo – ou dinamismo, a trama nos impões  perguntas sobre relacionamento familiar, vício, sonhos e antes de  qualquer coisa, amizade.
★★★ 
4000 Euros (Idem, Espanha, 2008) de Richard Jordan

 
 
 
Tipo de filme que gosto.
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