Se a palavra de ordem é diversão, Zumbilândia é um prato cheio. Rodeado de clichês do gênero "terrir" e caminhando pelo legado de Edgar Wright (Todo Mundo Quase Morto), o que o diretor Ruben Fleischer faz é um trabalho com extrema excelência, pelo menos nos elementos estéticos. Preso a dois personagens estereotipados, o filme cria suas dobraduras quando Wichita (Emma Simpson) e Little Rock (Abigail Breslin) entram em cena e conseguem fugir um pouco da previsibilidade do texto, mesmo que seja por pouco tempo.
A história é a de sempre: Narrado em primeira pessoa por Columbus (Jesse Einsenberg), que é um dos poucos sobreviventes ao ataque de zumbis nos EUA. Ele encontra Tallahassee (Woody Harrelson) e segue para um lugar que até então é imune à presença dos mortos-vivos. Fleischer doma não só a narrativa muito bem, mas aspectos de som, maquiagem, cenografia, fotografia e timing dando a impressão de Zumbilândia ser um filme completo em sua proposta.
É de fato completo, mas também não tem o temor em mergulhar em clichês e parecer como uma releitura de outros filmes. Fleischer sabe aproveitar bem as situações para recriá-las com bom uso da tecnologia. Até mesmo uma pequena homenagem à Os Caça Fantasmas existe, com a presença de Bill Murray.
Zumbilândia não tem a intenção de satisfazer fãs de terror, pelo contrário, com a escassez de brutalidade, a epidemia que se dilacera pelos EUA toma outro rumo. Na fuga para o lugar onde os zumbis não existem, a trama evita em encaixar temas em seu subtexto ou diálogos subjetivos, pois o que Fleischer quer mesmo é incentivar o riso com personagens caricatos, boas piadas e boa técnica.
★★★
Zumbilândia (Zombieland, EUA, 2009) de Ruben Fleischer
Ih, é tão clichezento assim?
ResponderExcluirMas tô empolgadão. Parece muito divertido. Quase assisti esse no lugar de Up in the Air, mas a seriedade e o Oscar falaram mais alto.
[]s!
Fico pensando se não fica muito à sombra de "Todo Mundo Quase Morto"... mas quero muito ver.
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