A incessante busca da personagem vivida com excelência por Jennifer Lawrence (coroada com uma indicação ao Oscar na última terça-feira) por seu pai é uma redenção mítica e silenciosa junto ao autoconhecimento por trás de tamanha segurança exposta após uma brusca mudança no curso de sua vida. Questionamentos sobre o valor da dignidade e de diferentes formas de submissão estão presentes no desenvolvimento narrativo de Inverno da Alma.
A profundidade do subtexto existencialista é bruta. Os personagens são complexos – possuem defeitos e qualidades suficientes para deixar que o espectador decida o que parece ser conveniente para a protagonista e para qual caminho seguir. Mas Debra Granik lembra que o comando é dela.
A diretora está segura na lapidação do roteiro baseado na obra de Daniel Woodrell, dando informações complementares à história no momento exato, e também se distância de seus personagens optando por analisá-los fria e densamente. Um grande acerto.
★★★★
Fantástico.
ResponderExcluirAssisti no último noitão do Belas Artes, totalmente despretencioso mas profundo e sem aquele maniqueísmo clichê, como você mesmo disse.
Não acredito que ela leve o Oscar, mas gostei muito da indicação. A menina é bem boa… bem boa.
Ah, voltei, meu note voltou, estamos aí, hehe
Muito bom mesmo! Filme silencioso e modesto, mas que carrega uma atmosfera ameaçadora e desconfortável. Não acho que "Inverno da Alma" termine com a mesma "empolgação" de seu início, o que diminui um pouco o filme, mas ainda assim é acima da média. Jennifer Lawrence é uma revelação, mas quando o assunto é Oscar, ninguém tira de Portman esse ano.
ResponderExcluirabs!