CÓPIA FIEL

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Os personagens de Juliette Binoche e William Shimmel em certa altura de Cópia Fiel conversam sobre novas visões sobre um aspecto ou produto. É apenas uma das milhares de analogias sobre a moral do novo longa de Abbas Kiarostami. Este que se entrega apenas como um maestro de belíssimas e longas sequências, brincando com a arquitetura de Arezzo, cidade da Itália. Sua câmera tão invasiva em planos subjetivos, também se torna voyeur e paira na simplicidade do plano e contra plano.

Apesar de remeter a outra obra-prima do diretor, 10, Kiarostami entrega um filme inventivo. Diálogos se tornam implícitos pelas própria potência. Relações conjugais podem ser o cerne da discussão (filme/platéia) sobre nossa falta de personalidade e os motivos de sermos tão banais, óbvios e cheio de sentimentalismos baratos. Mas, é um leque gigantesco de questões , construído através da metalinguagem. Cabe ao espectador criar sua própria temática.

Cópia Fiel é uma aula de cinema como há muito tempo não se via. Atravessa por extremos técnicos e líricos despachando experimentalismos sem dispersar o interesse pela narrativa, fora os inspirados protagonistas.

Cópia Fiel (Copie Conforme, França/Itália/Irã, 2010) de Abbas Kiarostami

7 comentários:

  1. Pedro Henrique Gomes3 de junho de 2013 às 07:24

    Filmaço! Junto ele com Tio Boonmme e Bravura Indômita e já tenho meu top3 do ano.

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  2. Que inveja! Queria muito ver Cópia Fiel.

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  3. Assino embaixo o que Mateus disse. ^^

    Parece uma boa oportunidade para entrar em contato com o cinema de Kiarostami.

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  4. Este foi o único filme que assisti durante a Mostra de Cinema em São Paulo. Valeu muito a pena, embora eu acredite que a química entre os personagens seja muito mais relevante do que o jogo que Abbas Kiarostami quis propor à plateia.

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  5. Wow, me parece algo bem interessante. Se não fosse por você ia passar despercebido por mim.

    Abraços.

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  6. Achei uma chatura! um blá blá blá terrível e sem propósito, sobre arte e sobre o casamento...

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  7. Pela primeira vez na vida, vi casais indo embora no meio da sessão.
    Meio barra para aguentar. E olha que eu me considero bastante resistente e compreensiva.
    Mas foi duro ir até o fim!
    Pela primeira vez na vida vi casais abandonando a sala de projeção. A sala estava praticamente vazia, mas 40% debandaram.

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