NÃO ME ABANDONE JAMAIS

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Não me abandone Jamais é um paradoxo de 103 minutos.  A luta de Mark Romanek (consagrado como diretor de vídeo-clipes) para fugir de convencionalismos vai da temática mambembe que se justifica a gratuidade à falta de senso ao tentar distorcer a visão sob um gênero, ao contrário do livro de Kazuo Ishiguro no qual o filme é baseado. Os personagens (clones sustentados até a vida adulta com o propósito de doar órgãos aos seus “originais”) não são iconoclastas – algo que tornaria o filme um estudo da alienação e submissão, apesar de em certos momentos colocar tais assuntos em pauta.

Distorcendo a dimensão do tempo e a relação de personagens, tudo parece se complicar e resolver facilmente. Junto, está a fuga de gêneros, onde a abordagem existencialista cai em clichês de romances (em estética e texto) convencionais por mais que a temática tente impor outra interpretação.

Não me abandone Jamais tem acertos, como a analise e efeitos da arte na alma, do já citado estado de submissão e ao abordar a lobotomia infantil como um alicerce político, mas, por passear por extremos, o resultado é irregular. Sustenta-se pelo ritmo e por gerar expectativas a cada ato, mesmo caindo em contradição ou redundância na busca pela originalidade.


Não me abandone Jamais (Never Let Me Go, Reino Unido/EUA, 2010) de  Mark Romanek

4 comentários:

  1. Puxa, gostei bem mais do que você, rs… Acho melancolico e bota a gnt numa reflexao sobre a humanidade. O lado cientifico do fime é bastante sutil. Quase nem dá para perceber. Mas nao sei se isso chegou a ser um erro de Romanek ou um acerto…

    Abs!

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  2. Tendo lido outras opiniões divergentes a respeito, não sei bem o que esperar. Parece um filme que pode te conquistar sutilmente, ou afundar na morosidade pretensiosa.

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  3. O filme se sabota pela ingenuidade e o resultado é um pastel de vento.

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  4. inalmente uma crítica pé no chão. Achei esse filme tão apático, sem graça. Sem atitude.. Todo mundo no filme é tão complacente que dá a impressão que o roteiro teve medo de colocar a discussão em pauta e resolver só concordar com tudo. Não li o livro, mas tenho deve ser mais interessante do que isso.

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