As manchetes de jornais que abrem Heleno já são suficientes para José Henrique Fonseca construir a persona de seu protagonista: um homem glorioso e problemático induzido por sua natureza ao autoboicote em uma longa jornada regada a drogas e libertinagem.
Elíptico como Heleno de Freitas, o filme de Fonseca é preciso quando aborda os tempos do jogador no Botafogo; um homem que transcendia a obrigação profissional para lutar pela marca que as vitórias deixariam no tempo – campo para análise do anticonformismo de Heleno que ia de frente à postura maleável de jornalistas, cartolas e colegas de trabalho e até mesmo contra suas decisões polêmicas, como, por exemplo, apontar uma arma para Flávio Costa, técnico do Vasco.
Paralelamente, vemos a didática de noções pela duplicidade narrativa (talvez obrigatória pela amplitude dos termos comerciais que o filme implica) através da conturbada vida sentimental do ídolo alvinegro, algo que dilui a força do longa que até então mostrara Heleno de Freitas materializando a glória para que vejamos o que ele almejou sem medo de ultrapassar seus próprios limites, inclusive jogando pelo América com a saúde debilitada. Mesmo com estes nuances dramáticos, Heleno continua poderoso e trágico pela entrega de Rodrigo Santoro, que foge do pragmatismo que protagonistas de cinebiografias atendem com uma atuação espirituosa e impactante.
★★★
Heleno (Idem, Brasi, 2011) de José Henrique Fonseca
Cara, eu vou te dizer uma coisa, ne3o me lembro de nada que tenha me feito ficar por mais de 6 horas e0 frtnee de um computador Essa pe1gina foi a primeira delas Espero que vocea ne3o retire do seu site pois esses veddeos se3o a esseancia do torcedor atleticano, muitos dos que assistirem esses veddeos, nem eram nascidos na e9poca (em especial o da final de 1980) Mas isso serve para ENSINAR a muitos atleticanos o significado daquela frase do Roberto Drummond: Se houver uma camisa preta e branca pendurada no varal durante uma tempestade,o atleticano torce contra o vento Parabe9ns por esses veddeos, foram muito bem escolhidos!!!Abrae7os!!!Thadeu Sampaio
ResponderExcluirA densidade e entrega do personagem de Rodrigo Santoro faz até esquecer o contexto de Heleno. Incrível!
ResponderExcluir"Faz-se acreditar um poço de inovação e personalidade, e continuaria deste modo não fosse o fraco desenvolvimento do enredo. Bem dito, foi tocante em várias passagens, e até no final mostra-se um filme decente, mas sem passar disto."
ResponderExcluir