Depois do fraquíssimo Smiley Face, Gregg Araki volta à velha escola (ou conceito, como preferir) em Kaboom, nova aposta do diretor na comédia: cores vibrantes, surrealismo, total desapego aos valores familiares e escracho com doutrinas religiosas compõem este filme-absurdo.
Kaboom tem o molde de uma comédia teenager. Coloca a sexualidade como contraponto de uma espécie de thriller surrealista, onde os amigos Smith e Stella são testemunhas de eventos sobrenaturais que podem ser confundidos com efeitos lisérgicos que todo adolescente conhece(u), passeando confortavelmente na tênue linha entre o besteirol e a genialidade.
Aos poucos Araki entrega as intenções reais do roteiro com um desfecho hilário. Conforme o fim do filme se aproxima, mais absurda a situação fica. O deboche é a motivação do diretor que sabe estruturar muito bem as diversas possibilidades da trama. Araki alia a ótima trilha sonora, a narrativa dinâmica, o deleite aos olhos pela belíssima fotografia e diálogos afiados. Quem dera todas as comédias adolescentes fossem assim.
★★★★★
Kaboom (Idem, EUA/França, 2010) de Gregg Araki
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