Remetente aos contemporâneos Quase Um Segredo (pela temática) e Simon Werner Desapareceu (fragmentando a história ao apresentar os personagens e cada perspectiva sobre o fato e também pela temática), Anoitecer apresenta uma teia de intrigas entre supostos amigos de colégio. Gradualmente, Hanro Smitsman (Skin) insere informações além da perspectiva que motiva uma espécie de thriller adolescente. Cada personagem tem sua psique desconstruída através de nuances, em cenas, em sua maioria, sem diálogos.
O guia narrativo é a sensação generalizada de rancor que o grupo carrega. Reféns do silêncio e da rotina, os personagens de Hanro são estereotipados, assim como o grosso do roteiro. Porém, o que reside nas intenções do diretor tem extrema complexidade maquiada de forma utópica – talvez o maior tropeço do filme.
A escolha de ser implícito compactua com o lado funcional – o thriller – mesmo com a clara carência de originalidade. Esta escolha ofusca toda força interna do filme, mas não traz problemas para seu desenvolvimento narrativo.
★★★
Anoitecer (Schemer, Holanda, 2010) de Hanro Smitsman
ResponderExcluirEnviado em 09/09/2011 as 17:20
Olá,
Vai sair crítica do Mãe e FIlha?
Grata.
Tatiana