A diretora Sabine Bernardi adapta sua temática à cartilha ordinária do cinema dito alternativo – que nunca fora tão idealista como nos tempos de hoje. Romeos não passa de uma transposição de um tema raramente abordado com todas as articulações conflituosas morais, sentimentais e visuais para se tornar um romance morno.
Na puberdade, o jovem Lukas está no lugar certo e no momento certo. Mas tem a inseguranças e o preconceito como grandes inimigos. Transsexual classificado como FTM (female to male), Lukas se vê no ambiente homossexual de Colônia e apaixonado pelo inconsequente Fábio.
Os closes – que buscam a frequente transpiração de Lukas, efeito de doses de testosterona – sufocam seu protagonista num mundo que só é compartilhado através de vídeos pela internet. Ao redor, estão seus amigos que mais parecem ameaças para o seu segredo. Romeos transparece uma completa insatisfação às reações sobre a opção sexual de Lukas, por mais positiva que ela possa ser. Bernardi está mais interessada em criar uma novela sentimentalóide sobre a assunto ao invés de esmiuçá-lo sob as condições humanas.
Romeos (Idem, Alemanha, 2011) de Sabine Bernardi
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