A OUTRA TERRA

 

Uma segunda chance. O espelho de nosso planeta ou “Terra 2” como ele é chamado em A Outra Terra representa um novo começo para Rhoda Williams (Brit Marling), jovem imersa numa realidade ardilosa após quatro anos presa por um acidente de carro que matou a mulher e o filho do músico John Burroughs (William Mapother).

Apesar do conflito entre realidade e um argumento fantástico, o estreante Mike Cahill utiliza câmera na mão, ajustes de foco e correções de quadro sem cortes ante a mise en scène como contraponto das cenas de plástica estonteante e remetente ao contemporâneo Melancolia, de Lars Von Trier. Abertamente uma escolha estilística, apesar de assimilar-se demais com o filme de Von Trier em certos momentos.  O longa de Cahill diversas vezes cai no evitável sintoma sentimentalista de analisar a descoberta de uma nova Terra pelo paralelo existencial com as questões que nos perseguem há anos quando o assunto é a vida em outros planetas.

Enquanto Rhoda e John se aproximam através de uma fraude criada pela moça – que curiosamente concorre a um prêmio que levará o vencedor a nova Terra, A Outra Terra flerta com a ficção científica, finalmente utilizando a relação entre os planetas, e exibe as falhas do roteiro para um final coerente e emergencial. Ah, se não fosse a dinâmica narrativa...

★★
A Outra Terra (Another Earth, EUA, 2011) de Mike Cahill

2 comentários:

  1. Oi,

    Cade as criticas dos filmes mais importantes e esperados, os da Premiere Brasil: Mãe e Filha, Girimunho, Histórias existem e etc?

    Parabens pelos textos do site.

    Abs

    Tatiana

    ResponderExcluir
  2. NAO ENTENDI O DESTINO DE John Burroughs .
    ELE TAMBEM FOI PRA TERRA 2?
    SO ELE FOI?
    TANIA

    ResponderExcluir

TRÊS AMIGAS (Emmanuel Mouret, 2024)

  Parece uma extensão de Chronique d'une liaison passagère e Love Affair(s) com olhar menos formalista de uma teia de amores e tragédi...