O crescimento orgânico do cenário independente americano alcançou patamares suficientes para que um filme como Alien Lésbica Solteira Procura passe pelo estranhamento de seu nome para algo cultuado pelos festivais de cinema. A diretora Madeleine Olnek mostra que bebe ainda de sua fonte primal – Jim Jarmusch talvez seja a maior referência, ainda que restrito, tenciona gênero e experimentalismo.
Não há fronteiras entre a comédia e o grotesco para Madeleine Olnek e neste caso, a idéia é ríspida. O fio de história – aliens que vêm à  Terra para quebrar corações (no sentido figurado) para prevenir a camada  de Ozônio de seu planeta – raramente serve de apoio para as inserções  cômicas que não use a estranheza de costumes de humanos e  extraterrestres.  Sem lidar de maneira frontal com o paralelo da  diversificação sexual, Olnek cria personagens representativos à oposição  – seguranças do governo americano destinados a distorcer a visão de  populares às aparições de Óvnis, que explicitam às raízes de Olnek além  da escolha da estética em preto e branco, sendo personagens  exclusivamente avivados pelos diálogos, sem maiores representações; como  exemplo, o suprassumo da carreira de Kevin Smith, “O Balconista”.
Alien Lésbica Solteira Procura não  deixa claro a sua posição (qual e que); por assumir uma posição dita  anárquica (sempre alimentada por seu argumento e título) que nada mais  faz que construir uma sequência de gags monotemáticas e cansativas. O  grande respiro de Olnek está justamente no resgate de uma aura  nostálgica que no fim coroou a hoje falida Miramax.
Alien Lésbica Solteira Procura (Codependent Lesbian Space Alien Seeks Same, EUA, 2011) de Madeleine Olnek
 
A crítica não corresponde ao meu sentimento e de muitas pessoas que assistiram ao filme, que é genial.
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