Terri (Jacob Wysocki) vive recluso. Faz-se excluso. Orfão, ele passa seus dias trancado no quarto da casa onde vive com seu tio, vítima do Alzheimer. Apesar de sua personalidade reclusa, o acaso não é negado. Ele acha um passatempo, mas larga por completo de sua vaidade.
O roteiro de Patrick DeWitt cria elos entre as diversas fraquezas de Terri, mas não as explora a fundo. Para o diretor Azazel Jacobs, é mais importante criar ternura e uma narrativa agridoce, usando elementos delicados quando o sistema educacional é o local de seu desenvolvimento. Do gosto a caça a ratos até a paixão pela menina Heather, o menino cria laços de amizade e não se intimida as demonstrações de afeto, principalmente pelo conselheiro Mr. Fitzgerald (John C. Reilly).
Azazel Jacobs leva a derrota – termômetro mais usado nas comédias independentes americanas contemporâneas – ao seu extremo e questiona se a imagem condiz com a verdade. Como a sequência chefe do filme representa, Terri está ali para todos. Um amigo de todos. Basta aprender a ser amigo dele mesmo.
★★★
Terri (Idem, EUA, 2011) de Azazel Jacobs
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