Dito como o primeiro filme de terror de Israel, Raiva reúne o pior que o gênero amplificou para o mundo através dos americanos na década de 70. A premissa de um filme slasher – a caça a um sequestrador dentro de uma floresta – logo é abortada para os diretores Aharon Keshales e Navot Papushado criarem um roteiro intencionado ao choque imagético sem um pingo de originalidade ou a busca por identidade.
Lá estão policiais corruptos, jovens perdidos e garotas valentes. Como uma rodada gratuita de matanças, Raiva segue sem rumo até a possibilidade da última gota de sangue cair, sempre amarrado à previsibilidade que dezenas de filmes ajudaram a criar nos últimos 40 anos. Todas motivadas por intrigas e brigas repentinas.
Raiva, além de ser um filme sem inspiração e soar como uma cópia fraquíssima dos filmes que os contemporâneos Eli Roth e Rob Zombie pagam tributos incansavalmente, se leva a sério o bastante para não pegar o espectador pelos pés como Evil Dead, grande representante do terrir fez.
Raiva (Kalevet, Israel, 2010) de Aharon Keshales, Navot Papushado
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