OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES

 

A adaptação cinematográfica de Os Homens Que Não Amavam as Mulheres escrita por Stieg Larsson já teve o seu remake americano anunciado para o próximo ano com a direção de David Fincher, curiosamente o diretor de Zodíaco, um dos melhores thrillers dos últimos anos. Compreensível, pois o filme faz o que há muito tempo não se vê na construção de filmes deste gênero: a simplicidade. A apuração de um caso policial não permite que a trama caia em complexidades maiores mas nem por isso justifica saídas previsíveis.

Mikael Blomkvist, jornalista investigativo da revista Millenium (que dá nome a trilogia que se completa com A Menina Que Brincava com Fogo e A Rainha do Castelo de Ar) é contratado para continuar a busca de mulher desaparecida há 36 anos. Mesmo em um momento delicado em sua vida, ele resolve se imergir no caso. Em outro pólo está Lisbeth Salander, investigadora particular, reclusa e traumatizada. Sem tendencialismos ordinários ao que diz respeito à fragmentação da narrativa e manipulação do suspense, os dois se tornam insólitos objetos de estudo quando se unem para resolver o caso.

Mas sem deixar que a simplicidade atrapalhe o desenvolvimento da trama, o filme busca se aprofundar em questões existenciais de forma subjetiva, de modo que o caso policial não saia do primeiro plano e complete um quadro sugerido pelo diretor Niels Arden Oplev. É verdade que esse quadro é retocado por clichês de um romance, o que é sintomático quando se trata de uma adaptação, mas exacerbam a duração do filme com informações sem relevância. Mas nada que atrapalhe o resultado final, pois a essa altura, a atenção do espectador está domada pela curiosidade e dá a Oplev a coerência almejada.

Os Homens Que Não Amavam as Mulheres (Man Som Hatar Kvinnor, Suécia/Dinamarca/Alemanha/Noruega, 2009) de Niels Arden Oplev

5 comentários:

  1. Muito bom seu blog, profissional, Parabéns !

    me visita no meu humilde bloguinho.
    http://amansim.blogspot.com/

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  2. Parece bom.. HUASHUASH'

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  3. O filme é bastante bom. Surpreendeu-me pela qualidade e por se distanciar do ritmo dos thrillers de Hollywood, acabando por criar uma história muito mais fria, credível e intensa. Noomi Rapace a revelar também que é uma grande actriz!

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  4. Eu, sinceramente, espero que o remake americano seja eficiente. Verei este, essa semana! Os livros são altamente impactantes.

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  5. A prévia do filme foi tão ruim que fiquei com o pé atrás. Mas sua crítica me deixa curioso.

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