V Semana dos Realizadores


Foi divulgada hoje a seleção oficial da quinta edição da Semana dos Realizadores que acontece de 21 a 28 de novembro no Espaço Itaú de Cinema do Rio de Janeiro. Fora os filmes em competição, uma espécie híbrida da lista de Tiradentes com a do Festival de Brasília, a Semana oferece retrospectiva de Maria Augusta Ramos, que ministrará masterclass e apresentará seus filmes, como Justiça (2004) e Morro dos Prazeres (2013). Em breve comentários sobre os filmes por aqui.

Eis a esperada lista da Semana:

LONGAS EM COMPETIÇÃO

AMOR, PLÁSTICO E BARULHO - Direção: Renata Pinheiro
82min | 2013 | PE

APRENDI A JOGAR COM VOCÊ - Direção: Murilo Salles
82 min | 2013 | RJ

AVANTI POPOLO - Direção: Michael Wahrmann    
72 min | 2012 | SP

DEPOIS DA CHUVA - Direção: Cláudio Marques e Marília Hughes     
90min | 2013 | BA            

DOCE AMIANTO - Direção: Guto Parente e Uirá dos Reis
70 min | 2013 | CE

LINZ – QUANDO TODOS OS ACIDENTES ACONTECEM - Dir: Alexandre Veras
82 min | 2013 | CE

MATÉRIA DE COMPOSIÇÃO - Direção: Pedro Aspahan         
82 min | 2013 | MG

OS DIAS COM ELE - Direção: Maria Clara Escobar
107 min | 2013 | SP

PINTA - Direção: Jorge Alencar
72 min | 2013 | BA

RIOCORRENTE - Direção: Paulo Sacramento
79 min | 2013 | SP

SATÉLITES - Direção: Léo Bittencourt
61 min | 2013 | RJ

SOPRO - Direção: Marcos Pimentel
73 min | 2013 | MG


CURTAS E MÉDIAS EM COMPETIÇÃO

9493 - Direção: Marcellvs L.
11 min | 2011 | Brasil-Islândia

A QUE DEVE A HONRA DA ILUSTRE VISITA ESTE SIMPLES MARQUÊS? - Direção: Rafael Urban e Terence Keller            
25min | 2013 | PR            

ANO BRANCO - Direção: Luiz Roque
7 min | 2013 | RS

AS SETE MORTES DE PEDRO, O GAROTO QUE COLECIONAVA CAVEIRAS
Direção: Fabricio Brambatti          
6min | 2012 | CE

EM TRÂNSITO - Direção: Marcelo Pedroso
19 min | 2013 | PE

EVA MARIA - Direção: Rafael Todeschini
12 min | 2013 | SE

MATÉRIA - Direção: Caetano Gotardo
10 min | 2013 | SP

NO CORAÇÃO DO VIAJANTE - Direção: Melissa Dullius e Gustavo Jahn          
19min | 2013 | Lituânia-Alemanha- Brasil                

NOVEMBRO – Direção: Fabio Meira
7 min | 2013 | Brasil-Espanha

SALOMÃO - Direção: Miguel Antunes Ramos e Alexandre Wahrhaftig
4 min | 2013 | SP

SOB A PELE - Direção: Daniel Bandeira e Pedro Sotero
19 min | 2013 | PE

TIGRE - Direção: João Borges
15 min | 2013 | MG

VERONA – Direção: Marcelo Caetano
35 min   | 2013 | SP


LONGAS EM EXIBIÇÃO HORS CONCOURS

BACANAL DO DIABO E OUTRAS FITAS PROIBIDAS DE IVAN CARDOSO – Direção: Ivan Cardoso
60min | 2013 | RJ

EXILADOS DO VULCÃO - Direção: Paula Gaitán       
125min | 2013 | RJ/MG  

O BATUQUE DOS ASTROS – Direção: Júlio Bressane
74min | 2013 | RJ

O MESTRE E O DIVINO - Direção: Tiago Campos
85min| 2013 | PE

OLHO NU – Direção: Joel Pizzini
101min | 2012 | RJ

CURTAS EM EXIBIÇÃO HORS CONCOURS

ERIVALDO – O ASTRONAUTA MISTICO – Direção: Gurcius Gewdner
6min | 2013 | RJ

FERNANDO QUE GANHOU UM PÁSSARO DO MAR - Direção: Felipe Bragança e Helvécio Marins Jr.
20min | 2013 | RJ

O PORTO – Direção: Clarissa Campolina, Julia de Simone, Luiz Pretti e Ricardo Pretti
20min |2013 | MG/RJ

TOMADA ÚNICA – CINEMA DE DESBUNDE – Direção: Dácio Pinheiro, Stefan Fähler, Nino Cais, Daniel Lisboa, Claudia Priscilla, Hilton Lacerda, Rodrigo Bueno, Leonardo Mouramateus, Anita Rocha da Silveira, Karen Black, Ana Izabel Aguiar, Gustavo Vinagre
25min | 2013 | BA/CE/RJ/SP


RETROSPECTIVA MARIA AUGUSTA RAMOS

BRASÍLIA, UM DIA EM FEVEREIRO – Direção: Maria Augusta Ramos             
68min | 1996 | Brasil-Holanda

DESI – Direção: Maria Augusta Ramos       
90min | 2000 | Holanda

JUSTIÇA – Direção: Maria Augusta Ramos 
100min | 2004 | Brasil-Holanda   

JUÍZO – Direção: Maria Augusta Ramos     
90min | 2007 | Brasil

MORRO DOS PRAZERES – Direção: Maria Augusta Ramos  
90min | 2013 | Brasil

AMOR BANDIDO



O que atravessa Amor Bandido é a ótica adolescente sobre a vida. Nela, três histórias de amor permeiam a narrativa, sem que em algum momento se configure, de fato, um romance. Os olhos de Ellis (Tye Sheridan, em ótima atuação) são testemunhas do fim – dos pais, do amigo, o próprio. Ao lado de seu amigo Neckbone (Jacob Lofland), o garoto dribla o mau agouro, o pessimismo e principalmente a realidade que insiste em lembrá-lo que a vida não é tão doce quanto a infância.


Daí surge toda ternura que a figura de Ellis representa. Pois o que envolve Amor Bandido de certa forma é o gosto amargo das relações adultas, repletas de traumas, desconfiança e chantagens. Da pureza que Ellis carrega em seu peito, apesar de toda sujeira que o cerca vem a aura nostálgica delineada por Jeff Nichols, que outrora fez o sombrio O Abrigo. A atmosfera que as margens oferecem – os personagens estão ou à beira do mar, do rio ou da estrada – é de uma história pessimista, mas o discurso é justamente quebrado pela figura de Ellis.


A persistência, talvez a maior das virtudes do garoto, aos poucos aflora outros sentidos em relação ao amor, enfim, o verdadeiro amor. Ele é tão possível quanto manter um barco apoiado em uma árvore ou reconstruir vidas, mesmo que elas sigam sem o instinto da autopreservação ou simplesmente, escolhem o caminho da autodestruição. Ellis, em todas as via é o contraponto de uma vertente comum nos dias de hoje.

★★★
★★★
Amor Bandido (Mud, EUA, 2012) de Jeff Nichols

O CONSELHEIRO DO CRIME



Se hoje a carreira de um filme começa muito antes do primeiro start na sala de projeção, o marketing é de primordial importância para o alcance do público. O Conselheiro do Crime se configura como uma farsa já neste primeiro encontro com a plateia, antes mesmo da crítica, do burburinho, etc. O elenco estelar com nomes de cacife altíssimo, dono de prêmios e boa reputação faz o caminho contrário do que lhe é esperado. Se vender como um thriller baseado na obra de Corman McCarthy e constranger a audiência com o que lhe é de mais íntimo é de coragem louvável. 


Ridley Scott controla suas marionetes com frieza estonteante. Fassbender, Pitt, Bardem, Cruz, Diaz. Todos caricatos até onde seus personagens permitem. Sexo, corrupção, fé, crime organizado. Uma nação chamada “América”. É de extrema coragem que um filme verborrágico utilize poucos momentos para se justificar como gênero – satisfazer o pagante – e na maior parte do tempo, como na sequência que abre o filme, coloca-lo contra a parede. Fazer um sorriso amarelo surgir através de um espelho cheio de ironia e enfeites – o suor exagerado, onças, roupas extravagantes. 


O Conselheiro do Crime funciona muito bem até a aposta de Scott em um discurso de paz. A conversa do conselheiro (Fassbender) com “Deus” intenciona o tom de esperança, da funcionalidade infinita do melodrama, o intuito de venda (satisfação). É como dar um tiro no próprio pé depois da postura contrária ao paradeiro do filme. Ou trata-se de mais uma aposta irônica, vai saber. Scott tem consciência do destino de seu filme: àqueles que estudam o lucro, às salas de grandes complexos de cinema e àqueles que usam os filmes como modelador de humor, através de gêneros.

★★★
O Conselheiro do Crime (The Counselor, EUA, 2013) de Ridley Scott

, Ri★★★

BASTARDOS



Não é preciso muito tempo para notar a proposta que segue convenções contrárias à narrativa clássica – supostamente desenhada para ser um thriller – em Bastardos. Claire Denis opta por ações contidas e interrompidas, tempo abstrato, estaticidade e a fuga de exuberâncias comuns na abordagem do tema e seu desenvolvimento.

Para isso há escassez de luz, elipses pontuais, cortes incessantes, e principalmente a ousadia de Denis para usar a câmera como dispositivo expositivo e ao mesmo tempo submisso ao que lhe é póstumo. Bastardosé um filme de cortes, narrado pela edição e a favor da frieza. 


O mundo repleto de anti-heróis é preenchido pela aura soturna e ritmo hipnótico. E a exigência aguda de Bastardosreverbera na escolha em manter os personagens sobre perspectiva superficial. Pouco sabemos sobre eles, apenas suas falhas. E delas Denis desenvolve visão extrema e pessimista sobre o futuro – representado pelo único inocente da história, o pequeno Joseph. 


A consciência que cerca esta opção de Denis se desenvolve como negação às formas e regras de um gênero. Em dado momento esta postura é a fixação do filme. Pouco há de “filme”, apenas discursos (negações). É o que Denis faz de Bastardos: nega – sem dicotomias - com justificativas cativantes contra rótulos e definições.

★★★
Bastardos (Les Salauds, França/Alemanha, 2013) de Claire Denis

★★★

GRAVIDADE


Em parceria com seu filho Jonas, Alfonso Cuarón (Filhos da Esperança) escreveu um filme sem abrangências. Gravidade utiliza o espaço, talvez a máxima do cinema dominado por artifícios da pós-produção – hoje se exige “experiências” sortidas através do 3D, IMAX, XD antes mesmo da simples troca entre obra e espectador. Tal escolha serve como apontamento para o alvo de Cuarón, dando outra ideia de “gravidade”, uma forma delicada de preocupação com o futuro, provavelmente a geração dos filhos de Jonas.

A saga da engenheira Ryan (Sandra Bullock) e do astronauta Matt Kowalski (George Clooney) em poucos minutos vai de aventura plausível à mensagem de paz definitiva. Cuarón sabe bem como abraçar o apelo com braços mentirosos. Eles são belos o bastante para justificar o espaço como elo perfeito para o silêncio perturbador depois de tantas tentativas a base de verborragia. O mesmo serve para a solidão e sobrevivência. 


A luta pela vida – ou pelo final feliz - vem a partir do reconhecimento dos Estados Unidos como piloto da Terra, no qual a assiste onipotente, de cima. À custa de contratempos e instabilidades dirige o planeta. Do vazio, Cuarón exibe a sustentação, enfim, para a gravidade. Nada mais que pilares comunistas, assumindo assim a fragilidade de discursos de paz e a maquiagem eficiente para o mundo capitalista por parte dos yankees. Não há vida na Terra (EUA) sem estes pilares, mesmo que o american dream venha como impulso ou um supro de coragem.

Eis a fraqueza de uma nação prestes a queimar, literalmente. Gravidade não tem amarras para assumir-se, enfim, como utopia, filme, produto ou serviço de recuperar a memória de um país banhado em glória, seja ela artificial ou não. Assim como a visita do homem à lua.

 ★★★
 Gravidade (Gravity, EUA, 2013) de Alfonso Cuarón

★★★


TOP 10: FESTIVAL DO RIO 2013

50 filmes depois, faço meu Top 10 do Festival do Rio 2013:

10. Chevrolet Azul (Blue Caprice, EUA, 2013) de Alexandre Moors

09. Night Moves (Idem, EUA, 2013) de Kelly Reichardt

08. Algumas Garotas (Algunas Chicas, Argentina, 2013) de Santiago Palavecino

07. Wrong Cops - Maus Policiais (Wrong Cops, França/EUA, 2013) de Quentin Dupieux
06. Por que Você Não Vai Brincar no Inferno? (Jigoku de Naze Warui, Japão, 2013) de Sion Sono
05. O Imigrante (The Immigrant, EUA, 2013) de James Gray

04. Acalme Esse Coração Inquieto (Stop the Pounding Heart, Itália/Bélgica/EUA, 2013) de Roberto Minervini

03. O Ato de Matar (The Act of Killing, Dinamarca/Noruega/Reino Unido, 2012) de  Joshua Oppenheimer e Christine Cynn


 
Acalme Esse Coração Inquieto (Stop the Pouding Heart, Itália/Bélgica/EUA, 2013) de Roberto Minervini
- See more at: http://www.cinemaorama.com/#sthash.Tbw3pgMA.dpuf
02. A Gatinha Esquisita (Das merkwürdige Kätzchen, Alemanha, 2013) de Ramon Zürcher

01. A Garota de Lugar Nenhum (La Fille De Nulle Part, França, 2012) de Jean-Claude Brisseau

Menções honrosas:

- Tirem o Sorriso do Rosto de Daniel Patrick Carbone
- Our Sunhi de Hong Sang-Soo
- Nós Somos os Melhores! de Lukas Moodysson
- Gata Velha Ainda Mia de Rafael Primot
- Only Lovers Left Alive de Jim Jarmusch

COBERTURA: FESTIVAL DO RIO (PARTE 4)

Tirem o Sorriso do Rosto (Hide Your Smiling Faces, EUA, 2013) de Daniel Patrick Carbone

Apesar de todo diálogo com o mundo ao redor para justificar a angústia juvenil, Daniel Patrick Carbone conduz o seu filme com choques intensos para apontar outro tipo de martírio. A forma aguda como o diretor imprime a brevidade da vida e seu descrédito calçado no tédio transforma a lenta narrativa em questionamento sobre o “ninho”. De onde surgimos, nossos laços, a importância da referência, etc.
★★★★
 
 Uma Família Gay (Una Familia Gay, Argentina, 2013) de Maximiliano Pelosi

 Exercício híbrido de documentário e ficção com único intento – debater as reais motivações e diferenças do casamento gay. À vontade para passar pela política e religião, o filme mescla depoimentos reais de casais com um protótipo de sitcom sobre um casal que passa por conflitos envolvendo a união civil. Apesar de toda clareza no discurso, o resultado é irregular. 
★★
A Vida Depois (La Vida Después, México, 2013) David Pablos

A distância entre estar e ser. Irmãos que mais parecem inimigos. A mãe, mais presente quando ausente. David Pablos incomoda nas ações repetidas, nos gestos vazios, na falsa esperança. O mundo morreu e basta alguém para avisá-los. E assim coroa seu filme.
Sarah Prefere Correr (Sarah Préfère La Course, Canadá, 2013) de Chloé Robichaud
Estudo minucioso da ambição e utopia de início de vida adulta, repleto de falsos caminhos e momentos de dormência emocional. É a fase de descobertas, decepções e principalmente a reveleção do abismo entre vocação e trabalho. Como o título entrega, Sarah luta para se satisfazer, entre erros e acertos. Um singelo apelo a favor de outros tipos de satisfação além do financeiro.
Chevrolet Azul (Blue Caprice, EUA, 2013) de Alexandre Moors

Alexandre Moors, artista plástico em primeira incursão no cinema faz de Chevrolet Azul um filme que não exige, mas que merece o caráter observacional. A natureza do mal através do abandono familiar e da injustiça - idolatrada por seus protagonistas, que respondem à altura e reforçam o pensamento que muitos filmes do Festival do Rio abordaram - o valor da base para uma sociedade segura. Aqui, há a noção de causa e efeito. Por outro lado, há a lobotomia. A violência como saída e eixo para o protesto, visto que é dela a total atenção de veículos midiáticos. Sundance 2013.


O Rio Nos Pertence (Idem, Brasil, 2013) de Ricardo Pretti 
Ricardo Pretti filma em sua terra natal e exibe uma história de retorno traumático, onde a cidade do Rio de Janeiro nos "engole" e o suicídio é uma forma de expressão. Um filme denso e corajoso, sem amarras para o flerte com o óbvio e até mesmo com o incômodo da desproporção entre poesia e narrativa. Filme do projeto Sonia Silk em parceria com Bruno Safadi. Selção do Festival de Rotterdam.


Acalme Esse Coração Inquieto (Stop the Pouding Heart, Itália/Bélgica/EUA, 2013) de Roberto Minervini
 Da observação rotineira de um condado no sul dos EUA até a dormência completa de conflitos envolvendo os sonhos juvenis e o cristianismo, Roberto Minervini opta por contrariar qualquer convenção para desenvolver afinidades entre espectador e filme e manipular personagens; assim, evoca pilares como Frederick Wiseman e o contemporâneo Wang Bing pela apresentação simples e a partir dela, utilizar o passar dos dias como campo para estudo.


Os Donos (Los Dueños, Argentina, 2013) de Agustín Toscano e Ezequiel Radusky 
O reduto de férias de uma família logo vira campo paras lamento no abismo social que separa patrões e empregados. E Os Donos conta em crescendo a tensão entre estes polos quando a ambição e a necessidade finalmente se emparelham. É o suficiente para reforçar as diferenças e intenções de cada nicho. Seleção da Semana da Crítica do Festival de Cannes.
Por que Você Não vai Brincar no Inferno? (Jigoku de Naze Warui, Japão, 2013) de Sion Sono
Não há palavras para definir o que Por que Você Não Vai Brincar no Inferno? se propõe. Pois é necessária certa familiaridade com a filmografia de Sion Sono (Culpada por Romance, Suicide Club) para traçar paralelos com a forma desencontrada de sua obra com o centro - neste caso, o cinema. E qualquer parecer sobre "fios soltos" serve para a glória do diretor. Como o próprio diz, o realismo morreu. Sobrou o artifício. E é dele que surge a fonte para tantas saídas criativas, para o humor anárquico e, claro a homenagem-paródia às convenções do cinema japonês pela ótica do ocidente - máfia, tradições, honra, artes marciais e humor.

Gata Velha Ainda Mia (Idem, Brasil, 2013) de Rafael Primot

Gata Velha Ainda Mia segue proposta ousada: separa-se em duas partes por uma brusca mudança. A primeira, um embate de performances teatrais onde as personagens de Regina Duarte e Barbara Paz afinam suas diferenças. A segunda, um exercício de estilo que se aproxima do cinema fantástico, justificado pelo conflito da escritora (Duarte) e a dificuldade de viver da escrita e em terminar seu livro, o primeiro após 17 anos. A proposta oscila entre momentos memoráveis e arritmias, mas se resume como um exercício de coragem por parte de Rafael Primot.

Melhores Filmes de 2023

Mangosteen de Tulapop Saenjaroen Mais um longo post com os melhores filmes do ano. São os melhores filmes lançados entre 2021-23 com mais ...