Não demora muito pra Weapons assumir-se como um comentário político e menos ainda para jogar às claras que se trata de um jogo semiótico pouco criativo a ponto de exibir – graficamente - em primeiro plano as matrizes de seu discurso como uma arma flutuando, uma pixação preconceituosa, um casal lobotomizado, um jovem white trash etc. O filme de Zach Cregger fica mais interessante quando resolve criar dentro de seu próprio modus operandi: é cinema ante ao comentário. O conto que é capaz de espetacularizar temas espinhosos sobretudo para a sociedade norte-americana enquanto lembra que a câmera é capaz de atravessar paredes ou dançar conforme os corredores de uma loja de conveniência. Também entroniza o cinema fantástico como um pilar discursivo como no último terço do filme que é, de longe, o melhor. Enquanto tentativa de mensagem Weapons fica na especulação não o elabora. Dependente de sustentação, sobra a superfície de um possível filme de horror.
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