DREDD


Se a HQ de John Wagner é comparação automática para o filme dirigido por Pete Travis (“Ponto de Vista”), o longa de 1995 estrelado por Sylvester Stallone dirigido por Danny Cannon também servirá como pilar comparativo. Afinal, o que vemos em Dredd é nada mais que a revitalização da representação do policial disciplinado num tempo apocalíptico.

E Travis equipara seu filme ao que é atual, onde sua força está justamente na estética – imagem e som, sujeira, quadros referentes aos gibis e diversos tempos de ação remetentes ao moderno e clipado cinema de Guy Ritchie, Mark Neveldine e Brian Taylor. Estamos diante do fim, do tempo de videogames e clipes.

Como um sintoma realista, Dredd é menos anti-herói; pois, hoje em dia, é comum não criarmos identificação com nenhum personagem. Estamos diante de um espetáculo visual hipnotizante, onde balas e chamas voam tão alto que raros são os momentos de aproximação com o Dredd (Karl Urban) e Anderson - policial-médium em primeira missão – com o público.

Pois na proposta de realismo e crítica ao imediatismo de nossos dias está a grande falha do longa; Dredd é fabuloso e espetaculoso, porém, com argumentos ocos, justificativas nada plausíveis e o desfoque geral da proposta inicial de atrelar panorama histórico à linguagem cinematográfica.

Dredd (Dredd 3D, EUA/Reino Unido/Índia, 2012) de Pete Travis

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