CAÇA AOS GANGSTERES


Subgênero marcado por tramas condensadas e ritmo truncado pontuado por cenas de ação, o gangsterism ganha roupagem moderna pelas mãos de Ruben Fleischer (“Zumbilândia”) em Caça aos Gangsteres.  Frenético, prolixo e imerso em clichês, o filme se resume em puro exercício de estilo.

Todos os aspectos estéticos que contribuem para a beleza imagética são usados com louvor por Fleischer. Em extremo oposto, o ritmo de clipe, com cortes rápidos, movimentos de câmera bruscos e a inserção aleatória da “câmera lenta” exaltam a proposta do espetáculo visual nas infinitas sequências de ação. Caça aos Gangsteres busca o constante ápice, mas perde ao justificar-se – ou definir sua linguagem desta maneira.

Entre o fetichismo de Fleischer e o excesso de consciência – ou a posição “perfeita” de cada persona (o herói e sua esposa grávida, o mulherengo alcóolatra, etc.), sem intenção concreta de homenagear ou configurar-se como pastiche, está o excesso. Nele, Fleischer faz terreno para dialogar através do humor; cria afeições e, como era de se esperar, desenvolve sua narrativa por este suporte. Procedimento pertinente para um filme que é a afirmação pró-espetáculo, construindo assim a ponte ideal para o êxtase do cinema influenciado por games e vídeo-clipes.
  
Caça aos Gangsteres (Gangster Squad, EUA, 2013) de Ruben Fleischer

Um comentário:

  1. que pena… Ruben Fleischer teve um início promissor em Zumbilandia… aguardarei o BLU-RAY…. e olhe lá!

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