Festival do Rio: CORRETIVO

O diretor grego Thanos Anastopoulos guia sua segunda obra com bruscos cortes e informações colocadas de forma inteligente é o que dá a graça a trama. A redundante frase que o filme Corretivo é a jornada de um homem para corrigir seus erros do passado é a que mais cabe aqui sem que eu estrague algo.

Yorkos ficou preso por quatro anos e decidido, lentamente, tenta colocar sua vida no lugar, mas o que ele encontra é um país guiado pela violência e pelo preconceito. O lado político é tratado de forma interessante, usando o futebol ou emprego para jogar a relação dos gregos com os albaneses ou turcos. E na partida, ele encontra um grupo de torcedores nacionalistas que o agradece. Yorkos encontra uma mulher e uma menina e as segue com diariamente. E quando digo lentamente, afirmo que o filme é para quem dormiu bem na noite anterior ou viciados em cafeína. Diálogos realmente não são necessários para nada, mas necessitamos de uma expressão, de uma montagem que possa nos dizer algo. Mas não é isso que o filme nos oferece. Temos aqui uma
trama de andamento muito lento, muitas passagens inúteis na tentativa de repetir informações por algumas vezes.

Por outro lado o roteiro nos guarda uma surpresa no meio de tantos bocejos, quando vem à tona os motivos da sua prisão, ligando pontos da trama, colocando até um pouco de vida nos personagens, usando questões existenciais e uma submissão involuntária, algo que é ordinário em nosso tempo.

Corretivo (Diorthosi, Grécia, 2007) de Thanos Anastopoulos

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